Ignaz Semmelweis
(GETTY IMAGES) Ignaz Semmelweis washing his hands in chlorinated lime water before operating.

Um nome curioso surgiu no novo doodle do Google para esta sexta-feira (20), Ignaz Semmelweis. Aproveitando o momento, que não é dos bons, em função da pandemia de coronavírus, o Google ensina a lavar as mãos, como o médico húngaro, demonizado por ser interpretado errado, mas depois tratado como herói, por erradicar germes.

Para entender o feito de Ignaz Semmelweis, é preciso de um pouco de história, contada pela BBC News. No passado, hospitais eram conhecidos como “casas da morte”. Fediam a vômito, urina, fluídos corporais, insumos. Não havia devida higienização e, por isso, muitas pessoas morriam, por contrair infecções, germes, bactérias e vírus.

Em um ambiente hostil, os médicos também não tinham boas maneiras de higienização. Não eram cheirosos, nem mesmo lavavam as mãos. Tudo contribuía para a devastação de pacientes, mesmo que isso não fosse proposital.

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Imagem: Getty Images – A Clínica Gross, pintura que retrata hospitais da época, antes da higienização.

Ignaz Semmelweis e a revolução da higienização hospitalar

A higienização hospitalar começou a ser praticada graças ao nome que veio ao Google nesta sexta-feira (20). Ignaz Semmelweis. Ele não sabia o que eram germes, nem mesmo por qual razão as mãos deveriam ser lavadas.

Porém, ele insistia que isso deveria ser feito, sobretudo pelos médicos dos hospitais. Foi difícil convencer as equipes médicas e aos hospitais sobre sua teoria.

Ele até tentou tentou implementar um sistema de lavagem das mãos nos hospitais na década de 1840, para reduzir as taxas de mortalidade nas maternidades.

E conseguiu, mas posteriormente fracassou. Ele foi demonizado, por que para os outros médicos e a comunidade de saúde, aquilo nada fazia efeito, considerando que se acreditava que as doenças infecciosas vinham das nuvens, em partículas.

A cura de mulheres grávidas

Depois de rejeitado pela comunidade na época, no século 19, Ignaz Semmelweis começou a cuidar de muitas mulheres grávidas e a curá-las. O feito tinha apenas três palavras, e não eram palavras mágicas. Eram apenas “Lave as mãos”.

Isso foi suficiente para que ouros médicos à época pudessem começar a entender que a higienização era extremamente necessário e que partículas de nuvens nada tinham haver com a propagação de doenças nos hospitais, que vinham, na verdade, da própria falta de cuidados.

Desde então, os hospitais deixaram de serem templos da morte. Começaram a serem revolucionados pela limpeza e a higienização e para cumprir a sua verdadeira essência; salvar vidas.

Por essa história, Ignaz Semmelweis ganhou destaque no Google.