Soluções de Inteligência Artificial estão dominando todas as áreas do conhecimento. A tecnologia consegue observar padrões com uma amplitude de dados e fornecer precisão nas amostras. É o que vem fazendo um time de cientistas para observar as mudanças na atividade cerebral com base em um cojunto de dados.
A técnica foi desenvolvida por cientistas da Johns Hopkins University, e promove o monitoramento de alterações na força das sinapses – que são os pontos de conexão entre as células nervosas do cérebro – em organismos vivos.
Receba notícias e promoções
Entre agora mesmoA técnica, conforme descrita no Nature Methods, poderia, de acordo com os pesquisadores, abrir caminho para uma melhor compreensão de como essas conexões no cérebro humano evoluem com aprendizado, idade, trauma e doença ao decorrer da vida.
“Se você quiser aprender mais sobre como uma orquestra toca, você tem que observar músicos individuais ao longo do tempo, e este novo método faz isso para sinapses no cérebro de animais vivos”, diz Dwight Bergles, Ph.D., da Diana Sylvestre e Charles Homcy Professor no Departamento de Neurociência Solomon H. Snyder na Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins (JHU).
O estudo

As sinapses são conexões especializadas entre os neurônios no cérebro, responsáveis pela transmissão de sinais elétricos e químicos. Elas desempenham um papel fundamental na comunicação entre os neurônios e são essenciais para o funcionamento do sistema nervoso.
Quando um impulso elétrico chega a um neurônio, ele viaja ao longo do axônio até chegar à sinapse. Nesse ponto, o impulso é convertido em um sinal químico, e neurotransmissores são liberados na fenda sináptica, que é o espaço entre os neurônios.
Esses neurotransmissores se ligam a receptores específicos no neurônio pós-sináptico, transmitindo o sinal e permitindo a continuação da informação no cérebro. Dessa forma, as sinapses possibilitam a comunicação e a integração das informações entre os neurônios, desempenhando um papel crucial na função cognitiva, aprendizado e memória, bem como em muitos outros processos mentais e comportamentais.
Baseando-se nesse modelo, a IA construída por cientistas da Johns Hopkins estudam esse comportamento. Os dados coletados demonstram o que ocorre com essa comunicação entre os neurônios com base nas amostras.
Os resultados abordam a condição das sinapses envolvendo uma série de condições, como doenças, idade, e demais outras como citado acima.
Como os dados foram coletados
A técnica de coleta dos dados envolveu a identificação de sinapses por meio de leitura de imagens de exames do cérebro. Essa identificação foi feita por meio de aprendizado de máquina, onde a IA passa a reconhecer padrões e aprender por meio da base de dados que foi coletada.
“Precisávamos de leituras de dados de imagem desafiadores, embaçados e ruidosos para extrair as partes do sinal que precisávamos ver”, diz Charles.
Para acompanhar as mudanças nos receptores ao longo do tempo em camundongos vivos, os pesquisadores usaram a microscopia para obter imagens repetidas das mesmas sinapses em camundongos ao longo de várias semanas.
Depois de capturar as imagens básicas, a equipe colocou os animais em uma câmara com novas imagens, cheiros e estímulos táteis por um único período de cinco minutos. Eles então fizeram imagens da mesma área do cérebro todos os dias para ver se e como os novos estímulos afetaram o número de receptores de glutamato nas sinapses.
“Estamos realmente empolgados para ver como e onde o restante da comunidade científica levará isso”, diz Sulam.
Gostou desta notícia?
Acompanhe o TecStudio no Google Notícias. Favorite e ajude-nos a crescer!