O Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que realiza sua 12ª edição de 26 de julho a 2 de agosto em 26 espaços culturais das cidades de São Paulo e de Campinas, anuncia sua seleção de filmes brasileiros recentes.
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Estão programados cinco títulos em première mundial: “Apto 420”, de Dellani Lima, “Ilú Obá de Min – Homenagem a Elza Soares, a Pérola Negra”, de Beto Brant (que é homenageado este ano pelo evento), “Zócalo”, de Beto Brant e Carol Quintanilha, “Música Pelos Poros” e “Gilberto Mendes e a Música Nova”, ambos de Marcelo Machado.

Estão incluídos também o inédito no Brasil “Cubajazz”, de Max Alvim e Mauro di Deus, e os seguintes longas-metragens inéditos em São Paulo: “No Vazio da Noite”, de Cristiano Burlan, “Para Ter Onde Ir”, de Jorane Castro, “Rifle”, de Davi Pretto.
Completa a programação brasileira da seção Contemporâneos do festival “Angelus Novus”, de Duo Strangloscope (Rafael Schlichting & Claudia Cardenas).
“Apto 420” acompanha um escritor e jornalista que resolve escrever um almanaque antiproibicionista durante uma seca de maconha na cidade de São Paulo. Enquanto investiga assuntos e histórias relacionadas à maconha, ele e seus amigos tentam conseguir um pouco da erva para aliviar as tensões do dia-a-dia. O filme conta com participações dos atores Henrique Zanoni e Laila Pas, dos compositores e músicos Daniel Groove, Tatá Aeroplano e Rafael Castro, e dos especialistas sobre a maconha e a luta antiproibicionista Henrique Carneiro (historiador e professor da USP), Edward MacRae (antropólogo), Renato Filev (biomédico), Rafael Morato Zanatto (historiador) e Cristiano Maronna (advogado criminalista). O diretor Dellani Lima é também artista visual, músico e ator. Suas obras já integraram mostras e festivais no Brasil e no exterior. Seu primeiro longa-metragem é “Netsplit: Queda de Conexão” (2003). Dirigiu ainda filmes como “Agreste” (2013), “Planeta Escarlate” (2015), “Trago Seu Amor” (2015), “O Tempo Não Existe no Lugar em que Estamos” (2015).
- Imagem/Divulgação
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- Salinópolis, Pará, Brasil. Still de Amores Líquidos, filme de Jorane Castro. 16/05/2015. Foto: Octavio Cardoso.
Beto Brant lança duas obras inéditas no festival. “Ilú Obá de Min – Homenagem a Elza Soares, a Pérola Negra”documenta o desfile do bloco IIú Obá De Min em homenagem à cantora Elza Soares, ocorrido no carnaval de 2016. O bloco adentra as ruas de São Paulo exaltando a cultura afro-brasileira e preservando o patrimônio imaterial, ocupando o espaço urbano com as danças e os cantos em yorubá dos terreiros de Candomblé e de diversas manifestações da cultura negra. O cortejo é uma grande ópera popular de rua comandada pela força dos tambores, proliferando a cultura das nossas antigas tradições africanas.
Já “Zócalo”, codirigido por Carol Quintanilha, focaliza o retorno ao México, após quase 15 anos vivendo fora de seu país, do neólogo Felipe Ehrenberg (que atuou como ator em “Crime Delicado”, de Brant e Renato Ciasca). Ele é convidado para dirigir a grande oferenda do Dia dos Mortos no Zócalo, no centro da Cidade do México. Nesta data, os mortos têm o seu próprio tempo para atender o fio que nos une e que nos tendemos, amorosamente. A Homenagem Beto Brant inclui curtas-metragens de rara circulação e seus longas-metragens, como “Os Matadores” (1997), “O Invasor” (2002) e “Pitanga” (2016, codirigido com Camila Pitanga).
Uma mesa em torno do homenageado está agendada para o dia 29/07, sábado, às 16h00, no Espaço Petrobras de Encontros, localizado no Memorial da América Latina. Dela participam, além de Brant, dois de seus mais frequentes parceiros: o escritor e roteirista Marçal Aquino e o produtor e diretor Renato Ciasca.
O documentarista Marcelo Machado (de “Tropicália”) também apresenta dois trabalhos inéditos. “Música Pelos Poros” mostra um extraordinário elenco de músicos – com trânsito no jazz, música instrumental, tradicional e canção – reunidos em uma fazenda do interior de São Paulo, no Festival Artes Serrinha. O encontro, com artistas vindos de diferentes regiões do Brasil e também da Colômbia, Cabo Verde, Azerbaijão e Coreia do Sul, traz nomes como Benjamim Taubkin, Marcos Suzano, Jacques Morelenbaum, Mayra Andrade, Carlos Malta, Kyungso Park’s, Sahib Pashazadec, Antonio Arnedo, Sacha Amback e Jovi Joviniano.
A outra produção de Machado, “Gilberto Mendes e a Música Nova”, traça um perfil afetivo do compositor, regente orquestral, professor e jornalista Gilberto Mendes, tendo como guia o maestro norte-america Jack Fortner, que refletem sobre os caminhos da música de invenção na atualidade. O diretor Marcelo Machado realizou recentemente as séries televisivas “A Verdade de Cada Um” e “Os Sons da Orquestra”.
Diretor de mais de 15 filmes, entre eles “Mataram Meu Irmão”, vencedor do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentário, Cristiano Burlan exibe noFestival de Cinema Latino-Americano de São Paulo seu mais recente longa-metragem, “No Vazio da Noite”. O enredo acompanha um homem que, atormentado pelos pensamentos que a insônia lhe provoca, vagueia noite adentro. No elenco estão Henrique Zanoni, Mário Bortolotto, Jean-Claude Bernardet, Gustavo Canovas e Rodrigo Sanches.
Rara produção paraense, “Para Ter Onde Ir” é centrado em três mulheres com diferentes visões sobre a vida e o amor. Elas seguem juntas em uma viagem que parte da cidade rumo à um lugar onde a natureza bruta prevalece. No caminho, os acontecimentos vividos separadamente pelas três revelam as incertezas e os diferentes sentidos daquela viagem para cada uma. Trata-se do primeiro longa-metragem da diretora Jorane Castro, roteirista e diretora formada em cinema pela Universidade de Paris 8 (França) e em roteiro na EICTV (Cuba) que já dirigiu mais de 20 filmes, entre documentários e ficções, exibidos na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes e no MoMA de Nova York, entre outros.
Lançado na seção Forum do Festival de Berlim, “Rifle”, tem por protagonista um jovem misterioso que vive com uma família em uma região rural e remota. A tranquilidade da região é afetada quando um rico fazendeiro tenta comprar a pequena propriedade em que vive sua família. O diretor gaúcho Davi Pretto teve seu longa de estreia, “Castanha”, também exibido no Festival de Berlim, além de premiações colhidas no Bafici, de Buenos Aires, Festival do Rio e Festival de Paulínia.
Dirigido por Max Alvim e Mauro di Deus, “Cubajazz” parte da música de jazz dos novos artistas de Cuba para compor uma metáfora de uma vida sem bloqueios geopolíticos. A obra tem depoimentos, shows e cenas da vida cotidiana de Havana e discute, segundo os diretores, “as formas de diálogo, escuta, intercâmbio, resistência e improvisação.” Selecionado para o Festival de Havana de 2016, trata-se da estreia no longa-metragem do diretor de televisão Max Alvim e do publicitário Mauro di Deus.
Protaginizado pelo cineasta baiano Edgard Navarro Filho (de “Eu Me Lembro” e “O Homem que Não Dormia”),“Angelus Novus” é assinado pelo Duo Strangloscope, formado por Cláudia Cárdenas e Rafael Schilchting, e voltado à experimentação, à pesquisa do movimento, do ritmo e da composição com imagens e sons. Aqui, os autores buscam, “na aventura mesma do experimentalismo cinematográfico, um tempo espaço imagem em que o Angelus Novus seja um chamado ao risco e é ruptura com a lógica linear da acachapante contação de histórias críveis.”
Com curadoria assinada por Jurandir Müller e Francisco Cesar Filho, o Festival de Cinema Latino-Americano de São Pauloé uma realização do Memorial da América Latina, da Secretaria de Estado da Cultura, e da Associação do Audiovisual. Uma iniciativa do Ministério da Cultura / Lei Federal de Incentivo à Cultura, o evento conta com patrocínio da Petrobras, Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo e Imprensa Oficial, sendo uma correalização do Instituto CPFL, Sesc São Paulo e Spcine.
Mais informações podem ser acessadas no website do festival www.festlatinosp.com.br/
e na fanpage oficial do evento – facebook.com/festlatinosp.
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