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Galaxy S26 Ultra: Samsung aposta em câmera turbinada, mas será que vale a pena?

Felipe Victor4 min de leitura
Galaxy S26 Ultra

O Galaxy S26 Ultra promete chegar com uma das maiores evoluções fotográficas da linha S nos últimos anos. Segundo vazamentos recentes, a Samsung está preparando um upgrade triplo na câmera principal do aparelho: abertura mais larga, revestimento de lente aprimorado e processamento de tons de pele mais preciso. Mas calma lá – antes de você já separar o dinheiro, vale a pena entender se essas melhorias realmente justificam a troca.

A novidade mais comentada é a abertura mais ampla da câmera traseira principal, que vai capturar mais luz e, teoricamente, transformar suas fotos noturnas. O detalhe curioso? Essa mudança é tão significativa que a Samsung decidiu trazer de volta o módulo de câmera saliente no design do aparelho – algo que a empresa vinha tentando minimizar nos últimos modelos. E olha, se eles estão voltando atrás no design, é porque a melhoria deve ser considerável mesmo.

Fotos noturnas finalmente dignas de um top de linha

A abertura mais larga significa que o sensor vai receber mais informação luminosa para trabalhar. Na prática, isso se traduz em fotos noturnas com mais detalhes, menos ruído e cores mais fiéis – exatamente o tipo de evolução que os usuários do Galaxy S25 Ultra vinham pedindo.

Curiosamente, essa melhoria vem com um “custo” no design: o corpo do Galaxy S26 Ultra será ainda mais fino que o do S25 Ultra, mas o módulo de câmera precisou crescer para acomodar a nova óptica. É aquele clássico dilema da engenharia de smartphones: você quer um aparelho fininho ou uma câmera poderosa? A Samsung escolheu o segundo.

Adeus, flare irritante e pele amarelada

Mas a abertura maior não é a única novidade. Segundo informações divulgadas no Weibo, o Galaxy S26 Ultra também vai trazer um revestimento de lente melhorado, projetado especificamente para reduzir o efeito de flare – aquele clarão chato que aparece quando você fotografa contra a luz.

O novo revestimento vai impedir que a luz “vaze” pela lente ou fique quicando dentro do conjunto óptico. O resultado? Fotos com fontes de luz mais controladas, sem aqueles halos exagerados que estragam a imagem.

E tem mais: a Samsung promete resolver de vez o problema dos tons de pele amarelados que alguns usuários reclamavam. O processamento de imagem foi ajustado para capturar tons de pele com mais precisão, especialmente em ambientes com iluminação artificial.

A pergunta que ninguém quer fazer: isso importa mesmo?

Aqui é onde a conversa fica interessante. Sim, essas melhorias são bem-vindas. Sim, vão deixar as fotos tecnicamente superiores. Mas será que isso é suficiente para justificar a compra de um aparelho que deve custar facilmente acima de R$ 10.000 no Brasil?

Vamos ser honestos: o Galaxy S25 Ultra já tira fotos excelentes. Não é o melhor zoom do mercado (o Xiaomi 17 Ultra ainda lidera nesse quesito), mas as imagens são lindas quando vistas normalmente. O problema dos tons de pele também já estava praticamente resolvido no modelo atual.

O que realmente falta nos Galaxys top de linha? Bateria maior. Essa sim seria uma evolução que todo mundo sentiria no dia a dia. Porque, convenhamos, de que adianta ter a melhor câmera do mundo se o celular descarrega no meio da tarde?

Sem contar que no uso da câmera, a bateria vai drenando ainda mais rapidamente do que no uso convencional.

Estamos chegando no limite da fotografia mobile?

A verdade é que estamos batendo em um ponto de retorno decrescente quando o assunto é câmera de smartphone. As melhorias continuam acontecendo, mas cada vez menores e menos perceptíveis para o usuário comum. A diferença entre uma foto “excelente” e “quase perfeita” só importa para quem realmente entende de fotografia ou vai imprimir as imagens em tamanho grande.

Para a maioria das pessoas que usa o celular para postar no Instagram, mandar fotos no WhatsApp e registrar momentos do dia a dia, o Galaxy S25 Ultra já é mais que suficiente. A evolução para o S26 Ultra será incremental – importante para entusiastas, mas não necessariamente um motivo de troca para o público geral.

Ainda assim, é inegável que a Samsung está se esforçando para não perder terreno para as fabricantes chinesas, que têm investido pesado em fotografia mobile. A questão é: será que o consumidor brasileiro está disposto a pagar a diferença por essas melhorias sutis? A resposta, provavelmente, virá só quando o aparelho for lançado – previsto para o início de 2026.