Samsung mira 2026 com chips 2nm, IA e dobráveis: será o ano da virada?

Samsung já definiu o roteiro para 2026: combinar sua potência em hardware com inteligência artificial de ponta e garantir liderança no mercado de chips de 2 nanômetros. E mais: a fabricante quer transformar TVs, smartphones e data centers graças a investimentos bilionários – um movimento que pode redesenhar toda a indústria tech global.

- Publicidade -

Dual-CEO e a virada de cultura

Desde o início de 2024, a Samsung reuniu líderes, engenheiros e analistas em várias sessões estratégicas para alinhar a próxima década. No centro desse movimento estão os co-CEOs Roh Tae-moon e Jun Young-hyun, que relançaram a abordagem “dual-CEO” para acelerar decisões e fortalecer o DNA de IA da empresa.

Receba notícias e promoções

Entre agora mesmo

O objetivo é claro: deixar de ser vista apenas como uma gigante de hardware para ganhar credibilidade como “companhia realmente movida por inteligência artificial”. Isso significa integrar LLMs em produtos de consumo, aprimorar algoritmos de câmera e, acima de tudo, usar IA para otimizar os processos de fabricação de chips de 2nm.

2nm: o coração da estratégia semicon

A peça-chave desse plano é a divisão de semicondutores. Com um investimento de US$ 37 bilhões na nova fábrica de Taylor, no Texas, a Samsung aposta todas as fichas em seu processo de 2 nanômetros. A promessa? Chips mais rápidos, eficientes e com menor consumo de energia do que qualquer concorrente.

Enquanto a briga por fornecer HBM4 para a Nvidia esquenta, a Samsung corre para obter certificações que garantam fornecimento estável e volume suficiente para vencer rivais locais e internacionais.

Galaxy S26: Exynos 2600 x Snapdragon

No front mobile, o Galaxy S26 é o grande carro-chefe de 2026. A Samsung costuma lançar a série em janeiro, mas rumores apontam para uma mudança para o fim de fevereiro, a fim de evitar gargalos de produção.

A grande expectativa é o Exynos 2600, o primeiro SoC de 2nm da Samsung. Na prática, o chip promete desempenho gráfico e eficiência energética superiores. Mas relatos internos falam em yield (rendimento) abaixo do esperado, o que pode levar a empresa a usar o Snapdragon de próxima geração em boa parte das unidades globais.

Fontes sugerem que acordos comerciais com a Qualcomm garantem a presença do Snapdragon na maioria dos mercados, pelo menos até a estabilidade total do Exynos 2600.

O futuro dos dobráveis: do Z Flip ao TriFold

Galaxy Z Fold 8

Além dos flagships, a Samsung já traçou metas ambiciosas para sua linha de dobráveis. A meta? Vender 7 milhões de unidades até o fim de 2026. Para isso, engenheiros embarcaram em uma “reforma estrutural” do Galaxy Z Flip, com foco em:

  • Design mais fino e leve.
  • Custos menores para competir com rivais chineses.
  • Durabilidade reforçada sem aumentar o preço.

Mas o verdadeiro ponto alto será o Galaxy Z TriFold. Com três painéis e dobradiças inéditas, o produto pretende unir smartphone, tablet e notebook em um único dispositivo de luxo. Ainda sem data exata de lançamento, o TriFold chegará para mostrar que a Samsung não pretende perder o trono do segmento premium dobrável.

Leia também:

IA na sala de estar: TVs como hubs inteligentes

O uso de IA pela Samsung vai além dos celulares e chips. No CES 2026, a expectativa é que a empresa apresente a linha Micro LED RGB com a “Vision AI Companion”, um LLM proprietário que transforma a TV em um verdadeiro assistente doméstico.

Imagine conversar com sua TV para trocar de canal, ajustar o volume, buscar receitas no YouTube ou até controlar outros aparelhos conectados. Tudo isso com respostas naturais, sem precisar recorrer a apps ou controles remotos complexos.

Impacto no Brasil: o que muda por aqui?

No Brasil, a chegada de chips 2nm e dos novos dobráveis pode vir acompanhada de preços salgados por conta de impostos. Ainda assim, a Samsung deve usar incentivos fiscais para trazer as novidades mais rápido ao mercado nacional, buscando manter o topo de vendas.

Para empresas brasileiras do setor de datacenters e AI Startups, a produção local de HBM e de processadores de ponta pode reduzir gargalos de importação e até baratear soluções de IA corporativa.

Perspectivas e desafios

O plano de 2026 é ambicioso, mas não está livre de riscos. Mantendo o ritmo da concorrência ágil da TSMC, os yields do processo 2nm e o sucesso comercial de novos produtos serão determinantes. Enquanto isso, a Samsung busca equilíbrio entre inovações radicais e estabilidade de negócios.

Com dois CEOs dedicados a IA e hardware, a estratégia soa coerente. Resta agora ver se o mercado vai reconhecer a virada de páginas e dar a Samsung o devido crédito pelo “upgrade” tecnológico que ela planeja entregar.

- Publicidade -

Gostou desta notícia?

Acompanhe o TecStudio no Google Notícias. Favorite e ajude-nos a crescer!

Felipe Victor
Felipe Victorhttps://www.tecstudio.com.br
Desenvolvedor de Software, mas nas horas vagas, escrevo sobre ciência e tecnologia. Apaixonado por inovação e todas as suas atribuições ao conhecimento e ao desenvolvimento humano.
Felipe Victor
Felipe Victorhttps://www.tecstudio.com.br
Desenvolvedor de Software, mas nas horas vagas, escrevo sobre ciência e tecnologia. Apaixonado por inovação e todas as suas atribuições ao conhecimento e ao desenvolvimento humano.