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Google vai aposentar app de Clima no Android e te joga no Buscador redesenhado

Se você tem o costume de usar o app de clima do Google, se liga nas mudanças! O app agora será integrado ao Search.

Imagem: Reprodução Android Authority
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Se você estava acostumado a abrir um atalho de Clima no Android, prepare-se: o “app” de previsão de tempo que, na verdade, é uma extensão do Google Search, está sendo descontinuado. A gigante de Mountain View decidiu concentrar tudo na experiência de busca, que ganhou um redesign completo. Isso importa porque, a partir de agora, quem não estiver em um Pixel vai depender do Google Search para conferir temperaturas, gráficos e índices climáticos — e pode ser um baque para quem esperava um app autônomo.

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O que era o Google Weather “app” no Android

Na prática, o Google Weather no Android nunca foi um app independente como o do Pixel. Você adicionava um atalho à sua homescreen — o ícone com um sol e o “G” — e ele abria um mini-app embutido no Google Search. A tela inicial trazia:

  • Barra de busca com seleção de cidades;
  • Froggy, o mascote verde, exibindo temperatura atual, máxima, mínima e sensação;
  • Carrossel de previsão horária e lista de 10 dias;
  • Cards de “Condições atuais”: Vento, Umidade, UV Index, Pressão, Nascer/Pôr do sol;
  • Gráficos em “Hourly details” com precipitação, vento e umidade.
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Esse layout foi recauchutado em 2023 e, um ano depois, estreou um app próprio exclusivo para Pixel, deixando o clássico “app” de pesquisa meio órfão de atualizações.

Desde meados de outubro, usuários começaram a relatar que, ao tocar no atalho de Clima, recebiam uma mensagem: “The weather page has moved. Your home screen shortcut now leads to Google Search.” Em vez da interface tradicional, o link redireciona para os resultados de busca comuns, com o componente de previsão fazendo parte de um card no topo da página.

O rollout desse redesenho está lento e ocorre servidor-side, então você pode ou não ter recebido a mudança. Em nossos testes, nem todos os dispositivos exibem a alteração, mas a tendência é clara: o Google não quer sustentar dois caminhos paralelos quando basta atualizar o Search.

Wear OS engatou a mesma manobra

Uma pista interessante vem do mundo Wear OS: o app de Clima para relógios deixou de estar disponível para novos usuários. Quem já baixou continua com ele, mas novos proprietários de smartwatches são incentivados a usar o app pré-instalado pelo fabricante — no caso dos Pixel Watch, o Pixel Weather.

Nas próximas semanas, o mesmo deve acontecer nos celulares: a experiência dedicada desaparece, e só sobra o Google Search. O argumento da companhia é que o buscador é atualizado com muito mais frequência, traz dados em tempo real e diminui o esforço de manter versões separadas.

Para quem já recebeu o recurso, basta digitar “weather” ou “tempo” no app do Google ou no navegador móvel. A página de resultados traz:

  • Card principal com mascote Froggy, temperatura atual e sensação;
  • Previsão horária integrada diretamente acima do mascote;
  • Carrossel de 10 dias logo abaixo, que atualiza a visão horária ao ser selecionado;
  • Lista expansível com Precipitação, Vento, Umidade e Qualidade do ar (AQI).
Google app de clima
Imagem: Reprodução 9to5Google

Toque em “Ver todos os detalhes” e, para a maioria, ainda abre o app de Clima. Mas se seu dispositivo já tiver passado pela migração completa, esse botão desaparece de vez.

Por que o Google decidiu cortar o cordão?

O uso do “app” de Clima era baixo e as atualizações quase inexistentes. Manter duas experiências paralelas — Search e PWA (Progressive Web App) — exige tempo dos engenheiros e recursos de QA. Ao concentrar tudo no Google Search, a empresa ganha:

  • Frequência de atualizações maior;
  • Unificação de dados meteorológicos (incluindo o WeatherNext 2, seu modelo mais preciso);
  • Redução de fragmentação entre diferentes variantes de Android.

Apostar no buscador também significa que as melhorias de IA e ML, integradas ao Search, chegam primeiro ao recurso de Clima sem precisar de deploys separados.

O impacto no Brasil

Para o público brasileiro, onde muitos contam com dados limitados ou planos pré-pagos, perder um atalho que carregava rápido mesmo com conexões instáveis pode ser frustrante. Hoje, a página de Search costuma abrir mais lenta e exibe anúncios ou links patrocinados.

Além disso, no interior ou em cidades com sinal 3G (ainda comum fora dos grandes centros), depender de uma página web pode custar mais dados do que um app já armazenado em cache. Quem usava a versão “offline” do mini-app terá que repensar a forma de checar o tempo.

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