iPhone caro? Como chip Samsung vai encarecer seu telefone Apple em 2026
A guerra silenciosa dos chips de memória pode respingar direto no seu bolso em 2026. O custo das memórias DRAM e NAND disparou nas últimas semanas, e a saída pode ser reajuste de preços ou corte de especificações nos próximos iPhones.
Por que a memória está tão cara?
As memórias, usadas em smartphones, notebooks e servidores, sofreram alta de preços em função de estoques reduzidos e demanda firme.
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Entre agora mesmoSegundo dados, o mercado de DRAM deve registrar elevação de até 20% no primeiro semestre de 2026.
Fatores como escassez de matérias-primas e pressões inflacionárias nas cadeias de suprimentos pesam no cálculo final.
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Samsung adota contratos trimestrais e pressiona o mercado
Dentro da própria Samsung, a divisão de memórias abriu mão de acordos de longo prazo com a área móvel. Agora, as negociações rolam a cada três meses, alinhando-se ao preço spot do mercado.
O movimento evita que a divisão de chips sofra com estoques baratos e venda abaixo do custo de produção.
Mas isso também significa margem mais apertada para a Samsung Mobile e nenhum desconto para terceiros, como a Apple.
Espionando os bastidores: encontro entre chefes
Para garantir estoque suficiente de memórias, o presidente da divisão mobile da Samsung, TM Roh, vai se reunir com o CEO da Micron no início de maio. O objetivo é bloquear pedaço relevante da produção de chips para o Galaxy S26 e futuros foldables.
Essa corrida por contratos rápidos e flexíveis reforça a tensão nos preços da memória no mercado global.
O cenário da Apple em 2026
Historicamente, a Apple trava acordos de longa duração com Samsung e SK Hynix para manter custos estáveis no iPhone. Mas essas parcerias vão vencer no final de 2025, abrindo espaço para novos reajustes.
Fontes indicam que, a partir de janeiro de 2026, Samsung e SK Hynix vão elevar o custo do GB de memória entregue à Apple.
Quais são as opções da Maçã?
Em tese, a Apple tem três caminhos: repassar o aumento ao consumidor, reduzir a capacidade padrão ou absorver o custo e cortar margem. Repasse direto significa iPhones mais caros no Brasil, onde peso do dólar e tributos já elevam a conta.
Já baixar a memória de 256 GB para 128 GB como padrão soa destoante com o histórico de inovação da Apple.
Impacto no bolso do brasileiro
Por aqui, cada dólar de alta no preço de importação costuma se refletir em 5 a 6 reais a mais no varejo. Se o GB de memória subir 15% no contrato, espere reajuste de R$ 200 a R$ 400 nos modelos Pro.
Isso sem contar o ICMS e o IPI, que juntos representam quase 30% do custo final.
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E o Galaxy S26?
Não é só a Apple que vai sentir a pressão: o próprio Galaxy S26 pode ter preço acima do S25. Joias de família como a Samsung Mobile estão encarando custos maiores da sua divisão de chips.
Resultado: marketing mais agressivo, mas com valor de venda final talvez lá no alto.
Possíveis estratégias de mitigação
Uma saída é a diversificação de fornecedores. Rumores dizem que a Apple mira parcerias com Intel ou até participação na produção interna. Compressão de software, como maior uso de codecs mais eficientes, também deve ajudar a reduzir necessidade de espaço físico de memória.
Na prática, nenhuma solução é barata nem rápida de implementar.
Previsões e riscos
Se a Apple optar por manter margem e repassar preço, poderemos ver um iPhone 18 Pro de entrada custando acima de R$ 12.000 no Brasil. Mas, se optar por driblar o impacto, o consumidor perde em espaço de armazenamento básico.
Ambos os cenários deterioram a percepção de valor em um mercado já saturado.
Como acompanhar as novidades
Fique de olho nos próximos trimestres, quando os primeiros contratos de memória para 2026 forem fechados. Qualquer alteração deverá aparecer em relatórios trimestrais da Samsung e da Apple.
Enquanto isso, a gente continua de olho e traz atualizações para você.
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