Samsung vai fabricar sensores do iPhone 18 em Austin – novidade pode ficar só nos modelos Pro

A Samsung começou a recrutar especialistas em Austin, no Texas, para montar uma linha de produção de sensores de câmera CMOS que serão destinados ao iPhone 18. E, segundo o relatório do The Elec, esse processo pode começar já em março – o que coloca esses componentes como fortes candidatos a estrearem no lançamento previsto para setembro.
Para o mercado brasileiro, isso significa a possibilidade de fotos ainda melhores em baixa luminosidade, dinâmica de cores mais rica e foco automático mais rápido. Mas antes que você abra a carteira: há indícios de que a Samsung fará um teste inicial apenas nos modelos Pro, mantendo a tecnologia como diferencial para empurrar as vendas.
Chamado de engenheiros e investimento bilionário
Em publicação de vagas, a Samsung busca “mechanical and electrical project managers” para a nova fábrica de Austin. Esses profissionais vão liderar instalações que envolvem:
- Montagem de equipamentos de produção em larga escala;
- Integração de sistemas de automação e controle;
- Validação de processos para atingir taxas de rendimento ideais.
Anteriormente, a própria Samsung informou à câmara municipal de Austin que vai injetar US$ 19 bilhões na unidade local, incluindo reparos, manutenção e a compra de equipamentos de última geração. Em reais, isso representa cerca de R$ 104,5 bilhões considerando o câmbio a R$ 5,50 por dólar – um investimento do porte de várias fábricas de smartphones no Brasil.

Gas, água e sala limpa: o segredo por trás dos sensores
Antes de qualquer chip ver a luz do dia, a usina precisa de utilidades básicas: gás, água e infraestrutura de esgoto controlado. Na prática, isso garante pureza durante a fabricação do sensor:
- O gás é usado em processos de deposição de filmes ultrafinos;
- A água de alta pureza remove resíduos químicos sem deixar partículas;
- Salas limpas (cleanrooms) mantêm contaminantes longe das lâminas de silício.
Cada etapa de limpeza de superfície pode responder por até 40% do total de processos na produção de semicondutores. Menos impurezas, maior rendimento e menor risco de falhas em cada pixel do sensor.
O que muda para o iPhone 18 e a aposta nos modelos Pro
Com a linha de produção pronta para março, o cronograma bate direitinho para incluir esses sensores no iPhone 18, que deve ser anunciado em setembro de 2026. Fontes do setor apontam que a Samsung pode oferecer o componente apenas ao iPhone 18 Pro e ao Pro Max, deixando o iPhone 18 padrão com a solução tradicional da Sony.
Se isso se confirmar, o consumidor brasileiro verá duas consequências práticas:
- Preço dos Pro mais alto: a exclusividade de um sensor mais avançado costuma refletir no valor final;
- Valor de revenda maior: modelos Pro com tecnologia exclusiva tendem a perder menos valor ao longo do tempo.
Leia também: iPhone 16 desvaloriza rápido e pode perder briga de semi-novos para a Samsung, aponta estudo
Sensor de três camadas e a briga com a Sony
Desde sempre, a Sony é a fornecedora principal de sensores de câmera para o iPhone. Mas, em agosto de 2023, Ming-Chi Kuo já havia adiantado que a Apple negociava com a Samsung um sensor empilhado em três camadas. A arquitetura separa:
- A camada fotossensível (photodiode);
- A camada de processamento de sinais;
- A camada de controle e interface.
Isso permite capturar imagens mais rapidamente, reduzir ruído em ambientes escuros e ampliar a faixa dinâmica. Em outras palavras, recursos que fazem diferença em fotos noturnas, retratos e vídeos 4K.
O iPhone 17 Pro já trouxe melhorias consideráveis na câmera, mas a chegada de um sensor Samsung com tecnologia de empilhamento pode ser o próximo grande salto. Testes iniciais mostraram ganho de até 20% em sensibilidade à luz e redução de artefatos em cenas de alto contraste.
Impacto no Brasil e cenário de mercado
Para o público brasileiro, a inovação pode vir acompanhada de reajustes de preço. Importados, os iPhones Pro já ultrapassam facilmente os R$ 9.000; com um sensor top de linha, nada impede que o iPhone 18 Pro Max fique acima de R$ 10.000 logo ao chegar aqui.
Por outro lado, a parceria com a Samsung fortalece a diversificação da cadeia de suprimentos da Apple, diminuindo a dependência exclusiva da Sony. Isso pode garantir mais estabilidade nos estoques e menos variação de oferta nos próximos lançamentos.
Enquanto isso, fica a curiosidade: será que os iPhone 18 padrão vão perder apelo comercial por não trazem o sensor mais avançado? E, em caso afirmativo, quanto isso abre espaço para o iPhone SE continuar como opção “econômica” dentro do ecossistema da Apple? Spoiler: só saberemos em setembro.
Para quem quer entender melhor o impacto dessa briga de gigantes no seu bolso e na fotografia móvel, confira mais notícias sobre iPhone e Samsung.
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