Exynos 2600 dá pontapé para GPU 100% Samsung; arquitetura própria chega em 2027

Depois de anos recorrendo à AMD para turbinar os gráficos dos Galaxy S, a Samsung finalmente acelera o desenvolvimento da sua própria GPU. O Exynos 2600 estreia o Xclipse 960 projetado internamente e, segundo o post no X de @jukan05, a verdadeira arquitetura 100% “Made by Samsung” vai desembarcar no Exynos 2800 em 2027. Calma que tem mais: essa mudança promete impactar desde a autonomia de bateria até o desempenho em jogos e IA onboard.

Essa transição não é só para encher a folha de especificações. Ao cortar qualquer vínculo com frameworks externos, a Samsung pode reduzir custos de licenciamento, otimizar o consumo de energia e afiar o desempenho gráfico de ponta a ponta. Para o usuário final, significa rodar jogos pesados ou recursos de inteligência artificial sem sentir o smartphone esquentar ou a bateria voar embora.

Xclipse 960: primeiro passo rumo à independência

O Exynos 2600, produzido em processo de 2 nm, traz de fábrica o GPU Xclipse 960 – mesmo nome da unidade gráfica, mas desta vez totalmente desenhada pelos engenheiros da Samsung. Apesar de ainda se apoiar na arquitetura básica da AMD, o design interno mostra que a companhia já domina boa parte das técnicas para criar pipelines de sombreamento e unidades de textura.

• Processo de fabricação: 2 nm
• Nome do GPU: Xclipse 960 (desenvolvido pela Samsung)
• Integração de memória: LPDDR5X com largura de banda elevada
• Expectativa de eficiência: até 15% melhor que o antecessor

Na prática, os primeiros testes indicam ganhos em jogos populares, como PUBG Mobile e Genshin Impact, com taxa de quadros mais estável em configurações altas. E a arquitetura 2 nm também contribui para baixar a dissipação de calor.

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Exynos 2800: GPU 100% Samsung em 2027

Segundo o site sul-coreano Hankyung, a verdadeira virada de mesa acontece em 2027 com o Exynos 2800. Nesse SoC, a Samsung aplicará sua arquitetura de GPU do começo ao fim, sem depender de componentes de terceiros. Isso coloca a empresa no mesmo patamar da Apple, que projeta suas GPUs há anos, e da Qualcomm, com sua Adreno.

Em meados de 2023, a gigante contratou um veterano da Huawei para liderar o projeto de GPU, reforçando o time com especialistas em computação gráfica e processamento paralelo. O objetivo é entregar maior controle sobre:

• Configuração de núcleos de processamento
• Algoritmos de balanceamento de energia
• Rotinas de computação para IA local

Com isso, a Samsung espera diminuir a latência em recursos como tradução simultânea, reconhecimento de imagem e outros recursos de machine learning sem sair do aparelho.

Impacto direto para o usuário e o mercado brasileiro

Você deve estar se perguntando: “Mas e o meu bolso?”. Com GPUs próprias, a Samsung tende a reduzir custos de produção – teoricamente deixando a margem de preço mais folgada. No entanto, vale lembrar que no Brasil ainda há impostos que podem manter os valores elevados.

• Estimativa de preço no lançamento: Galaxy S entre R$ 6.000 a R$ 7.000, considerando taxas
• Economia de energia: até 10% a mais de autonomia em jogos intensivos
• Desempenho em IA: respostas até 20% mais rápidas em tarefas offline

Para quem joga, edita vídeos no celular ou usa ferramentas de tradução e realidade aumentada, a mudança significa menos engasgos e bateria esticada até o fim do dia.

Visão além dos smartphones

A ambição da Samsung não para nos celulares. Um GPU customizado abre portas para novos segmentos, como realidade aumentada, computação vestível e até veículos autônomos. Um chip gráfico flexível pode ser adaptado de smart glasses a centrais de controle em carros, ampliando o ecossistema “Made by Samsung”.

• Plataformas modulares para diferentes dispositivos
• Ferramentas de desenvolvimento para talentos externos
• Parcerias com estúdios de jogos e empresas automotivas

Agora é hora de acompanhar de perto o Exynos 2600 saindo da linha de produção e, claro, aguardar o Exynos 2800 em 2027. Seja nos smartphones, nos carros ou nos óculos inteligentes, parece que a Samsung está prestes a deixar de ser coadjuvante na revolução dos gráficos móveis.

Fonte: Android Headlines