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Ao decorrer da vida, as pessoas sofrem uma série de transformações, podendo ser benéficas, a exemplo da puberdade, ou não, como complicações decorrentes de doenças. Transformações hormonais são as principais responsáveis pela mudanças que ocorrem no corpo, a exemplo da menopausa, que se atinge mulheres a partir dos 45 – 50 anos de idade e podem apresentar sintomas que podem chegar a um nível elevado de desconforto, fazendo com que a mulher tenha que procurar auxílio médico e dar início a algum tipo de tratamento.

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Mas e você, sabe o que é a menopausa? Quais os sintomas? Que especialidade médica você deve recorrer para poder fazer o tratamento mais adequado?

A menopausa

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Imagem: Guia da Farmácia – A menopausa ocorre quando a mulher para de ter fertilidade

A menopausa é um período de transição em que a mulher para de produzir hormônios que incentivam a produção de óvulos para a reprodução e, consequentemente, a menstruação. De maneira mais técnica, a médica endocrinologista Dra. Vanessa Leite dá uma explicação mais detalhada sobre o assunto.

“A menopausa é uma parada permanente nos ciclos menstruais nas mulheres, denominada amenorreia, e essa parada ocorre na perda da função ovulatória, isto é, na capacidade de menstruar que ocorre após a ovulação”, explica. “É considerada uma mulher menopausa quando completar doze meses após o início da amenorreia”, completa a médica endocrinologista.

Os sintomas

Nessa fase da vida, a mulher sofre uma série de variações ou sintomas tidos pelos médicos como comuns. Ela pode vir a sentir ondas de calor e suar bastante à noite, pode ocorrer a secura vaginal que está diretamente ligada à falta de estrogênio, principal responsável pela produção da lubrificação natural da região. Outros sintomas podem ser a diminuição da libido – energia responsável pelo desejo sexual –, e, também, pode apresentar sintomas depressivos ou o desinteresse em fazer alguma coisa que praticava comumente.

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Imagem: O envelhecimento da pele pode ser um dos sintomas da monopausa

A endocrinologista Dra. Vanessa Leite explica que, além destes sintomas, também podem ocorrer a atrofia da uretra – canal por onde passa a urina –, aumentando os riscos de haver infecção e incontinência urinárias, dores no corpo e durante a relação sexual. Há, também, sintomas menos comuns, como dores nas mamas, dores de cabeça e dores nas articulações.

O tratamento da menopausa

Para aliviar os sintomas, a mulher precisa procurar por duas especialidades médicas: a ginecologia e a endocrinologia. A Dra. Vanessa Leite explica que os médicos dessas duas áreas vão analisar cada caso e determinar se é necessária ou não a terapia de reposição hormonal, que consiste na manutenção dos hormônios, estrogênio e progesterona, que o organismo já não produz mais e tem o objetivo de promover a qualidade de vida das mulheres, aliviando os sintomas e diminuindo as consequências dessa variação hormonal que acontece antes, durante e depois da menopausa.

Nessa fase da vida, a mulher se beneficia porque passa a ter outro estilo de vida, uma vez que serão necessárias mudanças de hábitos, como uma boa alimentação, cessa o tabagismo, começa a praticar exercícios físicos. Sobre isso, a Dra. Vanessa também destaca que a mulher precisa utilizar roupas leves e menos apertadas para ajudar o corpo na circulação sanguínea e, assim, diminuir a sensação de calor.

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Imagem: A prática de exercícios físicos ajuda a amenizar os sintomas da menopausa

Tratamento individualizado

O tratamento da menopausa é individualizado porque pode acontecer da paciente possuir contraindicações e relação aos medicamentos utilizados na terapia de reposição hormonal. “O início da terapia de reposição hormonal vai depender dos seguintes critérios: a idade da paciente, tempo de menopausa, doses, sintomas, vias de administração e comorbidades, pois isso vai definir se o médico deve ou não iniciar o tratamento de reposição hormonal com a paciente”, complementa a endocrinologista.

A médica destaca que sintomas relacionados ao desconforto vaginal têm ligação com a síndrome geniturinária da menopausa, que acarretam alterações nos pequenos e grandes lábios, no clitóris, no vestíbulo, uretra e bexiga.  A reposição local com baixas doses de estrogênio tende a normalizar a atrofia vaginal e reduz a incidência de infecção urinária.

Para amenizar as dores durante a relação sexual nesse período da menopausa, a paciente pode utilizar os lubrificantes vaginais que podem ser utilizados com alternativa ao tratamento com o estrogênio caso haja alguma contraindicação para a paciente. Vale ressaltar que essas dores sentidas durante a relação sexual estão diretamente ligadas ao fato de não haver mais a lubrificação vaginal natural como ocorria antes da menopausa.

A menopausa e as doenças cardiovasculares

Quando surgirem os primeiros sintomas ou se a mulher entrar no período da menopausa – entre 45 e 50 anos -, é importante que procure apoio médico o mais rápido possível, pois, de acordo com a Sociedade Norte-americana de Menopausa (NAMS), as mulheres que iniciam a terapia de reposição hormonal dez anos após de menopausa apresentam um risco aumentado de doenças cardiovasculares e aquelas que iniciaram antes desse período, tendem a ter baixos riscos cardiovasculares.

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Imagem: A menopausa, se não for tratada, aumenta o risco de doenças cardiovasculares

O período de tempo entre 45 e 50 anos é uma espécie de janela temporal de oportunidade para iniciar o tratamento da menopausa.

As doenças cardiovasculares na pós-menopausa estão ligadas à falência ovariana sobre a função cardíaca, a pressão arterial e alguns parâmetros metabólicos, como a tolerância à glicose e outros.

As contraindicações

É importante pontuar que nem todas as mulheres na fase da menopausa podem realizar o tratamento de reposição hormonal para, assim, amenizar os sintomas. Assim, como destaca a endocrinologista Dra. Vanessa Leite, há algumas contraindicações.

“A terapia de reposição hormonal está proibida de ser realizada em mulheres que possuem histórico de infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e embolia pulmonar”, explica.

As contraindicações absolutas à estrogenioterapia

Durante a reposição hormonal são utilizados fármacos para repor o estrogênio, responsável pelo controle da ovulação, mas também há contraindicações tidas como absolutas para mulheres que possuem as seguintes doenças: câncer de mama, câncer de endométrio, sangramento uterino sem causa diagnosticada, tromboembolismo pulmonar, hepatopatia e/ou grave e cardiopatia grave.

A menopausa não é apenas uma fase na vida da mulher. Ela precisa ser tratada para que a paciente possa ter sua qualidade de vida garantida e prevenir doenças cardiovasculares como vimos anteriormente.

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