A Apple está avançando rapidamente no desenvolvimento dos seus próprios chips e, em 2025, isso ficou muito evidente. A empresa apresentou os novos A19, A19 Pro e o aguardado chip sem fio N1, mas foi na sua nova geração de modems 5G, o C1X, que muita atenção foi voltada. Contudo, para quem esperava encontrar essa tecnologia nos recém-lançados iPhones 17 e 17 Pro, a decepção bateu na porta. Os aparelhos continuam equipados com modems da Qualcomm, enquanto o C1X brilha exclusivamente no iPhone Air. E como sempre, todo mundo quer saber por quê.
Para entender o motivo dessa escolha, a VP de Tecnologias e Ecossistemas de Software sem Fio da Apple, Arun Mathias, foi direta, mas deixou uma pista interessante: o foco nos modems próprios deve aumentar nos próximos anos. Essa declaração, junto com rumores recentes, sugere que o iPhone 18 pode trazer modems feitos pela Apple em toda a linha.
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Do C1 ao C1X: A jornada dos modems próprios da Apple
Depois de anos confiando na Qualcomm para equipar seus iPhones com conectividade 5G, a Apple começou a colocar sua independência em prática. O primeiro modem projetado internamente pela Apple, chamado de C1, foi introduzido no início de 2025 como parte do iPhone 16e. Logo depois, o iPhone Air foi o escolhido para inaugurar a próxima geração do chip, o C1X, que promete desempenho ainda mais eficiente e melhoria em consumo de energia.
A grande pergunta é: por que a Apple decidiu manter sua linha principal, os iPhones 17 e 17 Pro, com os chips da Qualcomm? Durante uma entrevista para a CNBC, Arun Mathias afirmou que as decisões se basearam no foco de recursos no desenvolvimento do iPhone Air: “Nos concentramos no que era necessário para o iPhone Air. Temos ótimos produtos, como os iPhones 17 e 17 Pro, e ao longo do tempo veremos soluções celulares da Apple em mais produtos.”
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Por que a Apple optou por dividir os modems?
A decisão de manter dois modems diferentes em modelos distintos parece puramente estratégica. Apesar do avanço tecnológico e financeiro em projetar chips próprios, substituir os modems de terceiros na linha completa de iPhones exige altos volumes de produção, ampla adaptação em termos de design de hardware e otimização de software. Provavelmente, a Apple está testando terreno e consolidando sua capacidade de expandir gradualmente seus próprios modems para evitar problemas de produção ou desempenho em massa.
Outro ponto: incluir os modems C1X em aparelhos como o iPhone Air dá à Apple mais controle sobre os dispositivos que não competem diretamente com a linha Pro. Na prática, eles conseguem analisar de perto o desempenho do chip no mundo real sem arriscar a aceitação dos seus carros-chefe de vendas.
O que esperar para o futuro: Modems Made in Cupertino
Com base no que Mathias deixou no ar, a expectativa é de que os modems da Apple sejam incluídos em mais aparelhos na linha iPhone 18, lançada no próximo ano. Essa movimentação consolida uma estratégia maior da Apple, que busca controlar não apenas o hardware, mas também o ecossistema completo dos seus produtos. Não por acaso, desde que a companhia começou a usar chips próprios como o M1 e agora o N1, a independência de fornecedores externos tem sido uma prioridade.
- Performance e eficiência: Ao criar seus próprios modems, a Apple pode integrar melhor hardware e software, otimizando desempenho.
- Redução de custos a longo prazo: Uma vez que superar as etapas caras de pesquisa e desenvolvimento, a produção interna pode significar economia significativa em comparação a pagamentos de licenciamento para empresas como a Qualcomm.
- Maior controle: A Apple não mais dependerá de cronogramas e inovações de terceiros para suas atualizações — algo crucial em um mercado competitivo.
E para o consumidor Brasileiro, O que isso significa?
Para quem está no Brasil, essa mudança pode ser uma faca de dois gumes. Por um lado, contar com tecnologia 100% controlada pela Apple pode trazer melhorias em conectividade e eficiência energética, o que é sempre bem-vindo, dado nosso cenário de redes móveis. Por outro lado, é bom lembrar que os iPhones são dispositivos caros por aqui e qualquer custo adicional no desenvolvimento interno pode refletir no preço final — já começamos a ver esse movimento com os chips M e agora com o C1X.
E para finalizar…
A aposta em modems próprios é mais um exemplo de como a Apple está reforçando seu ecossistema e criando uma barreira cada vez maior para concorrentes. Embora a linha iPhone 17 ainda dependa de soluções externas como a Qualcomm, já é evidente que a Apple está pavimentando o caminho para que, em um futuro próximo, todos os seus dispositivos sejam equipados com tecnologia 100% caseira.
Para nós, consumidores, impacta menos saber quem fabrica o modem e mais o resultado final: velocidade, estabilidade e eficiência. Por enquanto, resta saber se essa transição será suave ou se encontraremos alguns “desafios de primeira geração” pelo caminho.
Mas e aí, você faz questão de ter um iPhone com peças “made in Cupertino” ou acha que, no fim do dia, desempenho é o que importa?
Fonte: 9to5Mac
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