Segundo a Counterpoint Research, o envio global de painéis para smartphones dobráveis deve disparar 46% em 2026 – e isso não é só número pra relatório, mas um sinal claro de que o mercado vai além de um “hype” passageiro. Com Samsung dominando mais de 50% do fornecimento e a Apple se preparando para lançar seu primeiro dobrável, o cenário ganha força e promete sacudir também o bolso do consumidor brasileiro.
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Por que esse crescimento importa agora
Se você achou que os smartphones dobráveis eram apenas um brinquedinho caro de nicho, é hora de rever esse conceito. A previsão da Counterpoint Research indica que o volume de painéis crescerá quase metade em relação ao ano anterior. E, normalmente, mais painéis significa mais aparelhos prontos para chegar às lojas – o que tende a acelerar a adoção e, quem sabe, até ajudar a reduzir preços.
Além disso, o impulso não vem só de players tradicionais. Rumores apontam que a Apple vai entrar de cabeça nessa moda flexível em 2026 com o primeiro iPhone Fold, o que pode seduzir milhões de fãs da marca para esse novo formato.
Samsung segue dominante na cadeia de painéis
O relatório da Counterpoint sugere que a Samsung Display deve ficar com mais de 50% de market share no segmento de painéis dobráveis. Não é à toa: a fabricante sul-coreana aperfeiçoou a tecnologia ao longo de quatro gerações de Galaxy Z Fold e Z Flip, aperfeiçoando durabilidade, brilho e resistência a dobras.
- Samsung Galaxy Z Fold 7: novas dobradiças e tela de 7,6 polegadas
- Samsung Galaxy Z Flip 5: design compacto com tela externa ampliada
A demanda puxada pela Samsung tende a dar fôlego para fornecedores menores, mas ninguém parece capaz de ameaçar seu reinado tão cedo.
Apple impulsiona a próxima onda de adoção
Mesmo chegando atrasada – a Samsung lançou seu primeiro dobrável em 2019 – a Apple pode sacudir o mercado. Os rumores indicam que o iPhone Fold usará display flexível fornecido pela própria Samsung Display, mas com software e integração que só a Apple sabe fazer.
Fontes internas afirmam que a Apple está otimista e espera vender milhões de unidades no lançamento. E, mesmo que o preço ultrapasse os US$ 2.000, a base fiel de consumidores pode levar a um efeito cascata: concorrentes podem rever preços ou oferecer subsídios para não perder vez.
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O impacto no mercado brasileiro
No Brasil, o cenário de importação e carga tributária tende a manter os preços lá em cima. Hoje, o Samsung Galaxy Z Fold 7 custa cerca de R$ 10.000 por aqui, considerando impostos e margem das operadoras. Se o iPhone flexível vier por mais de US$ 2.000, espere algo na casa dos R$ 12.000 a R$ 13.000.
Por outro lado, o aumento no volume de pedidos de painéis pode gerar escala para fabricantes chinesas, o que potencialmente abre espaço para modelos mais em conta – quem sabe abaixo dos R$ 8.000.
O que esperar dos preços e disponibilidade
Com mais players no jogo e a curva de aprendizado da fabricação melhorando, o cenário pode se tornar mais competitivo. Vale ficar de olho em:
- Ofertas de operadoras brasileiras, que podem subsidiar parte do valor;
- Lançamentos de marcas como Oppo e vivo, que já testam dobráveis na Ásia;
- Adoção de placas flexíveis (FPCB) mais baratas, reduzindo custo de produção.
No fim, quanto mais painéis produzidos, menor o custo unitário. Isso reflete direto na etiqueta do produto final.
Perspectivas para 2026 e além
Além dos dobráveis, a tecnologia de displays flexíveis pode invadir outros setores, como wearables e carros, mas é no smartphone que veremos o maior volume. A movimentação da Apple é um divisor de águas: uma vez que os consumidores compreendam o valor de uma tela maior que fecha num aparelho compacto, a tendência é migrar em massa.
Em resumo, o crescimento de 46% em painéis para dobráveis traz oportunidades para consumidores, fabricantes e até o mercado de acessórios. É hora de prestar atenção – a próxima geração de smartphones pode realmente dobrar as vendas.
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