Facebook e a luta contra o coronavírus
O Facebook anunciou nesta quinta-feira (30) que irá retirar da rede social as informações erradas sobre assuntos relacionados ao coronavírus. Anteriormente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) havia dito que isso não passava de uma epidemia porque haviam poucos casos em relação às outras doenças.
Essa atitude do Facebook acontece após o anúncio da OMS classificar o surto de coronavírus como emergência de saúde global. Isso porque o número de suspeitas e de casos confirmados estão aumentando fora do epicentro da epidemia: a China.
A maior rede social do mundo disse em um post de blog que removeria o conteúdo do vírus “com alegações falsas ou teorias da conspiração que foram denunciadas pelas principais organizações globais de saúde e autoridades locais de saúde”. Ainda afirmou que esse conteúdo violaria sua proibição de desinformação para “dano físico”.
A ação é muito agressiva para o Facebook, que geralmente limita a distribuição de conteúdo contendo informações erradas sobre a saúde. Isso se dá por meio de restrições nos resultados de pesquisa e publicidade, mas permite que as postagens originais fiquem em dia na rede social.
Essa abordagem irritou os críticos que dizem que a empresa não conseguiu conter a disseminação de imprecisões que representam grandes ameaças à saúde global.
Espalhando (des) informação nas redes sociais
As informações erradas sobre vacinação se espalharam muito nas mídias sociais em muitos países nos últimos anos, inclusive durante as principais campanhas de vacinação para prevenir a doenças como no Paquistão.
Casos semelhantes
O Facebook, sob rigoroso olhar mundial por causa de suas práticas de privacidade, já havia removido informações erradas sobre a vacina em Samoa. Também removeu informações erradas sobre vacinas contra a poliomielite no Paquistão. Neste caso, o dano físico era eminente contra os trabalhadores da saúde que realizam as campanhas de imunização.
