RFID

Já faz algum tempo em que grandes festivais como o Lollapalooza e o Rock in Rio vem utilizando a tecnologia de pulseiras RFID. Essa tecnologia permite, além de levar uma pulseira no braço como ingresso, impedir fraudes e facilitar o acesso ao evento.

A tecnologia RFID é um sistema simples de troca de informações que utiliza um terminal que recebe, lê e libera o acesso através de extensões. No caso dos festivais, as pulseiras armazenam a informação que será enviada ao terminal.

O bilhete único, por exemplo, é uma extensão que, ao aproximada do terminal de leitura dos ônibus, libera a catraca para acesso do usuário.

Já nos festivais, essa informação é como um passe livre do ônibus; uma vez utilizada e lida com o seu CPF, você é liberado para entrar no festival e a pulseira é automaticamente invalidada.

Nosso setor de tecnologia resolveu testar a segurança dessas pulseiras e mostrar um pouco sobre como funciona a tecnologia RFID.

Montamos um sistema semelhante para mostrar como funciona o RFID

Com a utilização de prototipagem, montamos um sistema RFID, semelhante ao utilizado nos festivais, para que você possa entender o funcionamento dessa tecnologia.

A intenção do nosso sistema foi verificar a segurança da pulseira. Para isso, utilizamos uma pulseira do Rock in Rio 2017. Em comparativo, pegamos um cartão de transporte público, um outro cartão limpo, semelhante ao de transporte público, um chaveiro RFID e um smartwatch.

Todos esses dispositivos embarcam a tecnologia RFID, inclusive a pulseira do Rock in Rio.

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Com a utilização de Arduino, reproduzimos um terminal RFID para testar a segurança das pulseiras do festival.

Ao ingressar o cartão limpo no leitor, é possível verificar o ID interno do cartão, composto por 8 carácteres, por exemplo, “01 02 03 04”. Todos esses dispositivos RFID possuem esse tipo de código, o que possibilita ao terminal, reconhecê-lo.

Conseguir ter acesso ao código, pode abrir uma pequena brecha para que hackers consigam burlá-lo, mas depende muito do sistema. No caso do cartão de transporte público, o ID pôde ser lido tranquilamente utilizando nosso terminal. No entanto, isso não quer dizer que é possível sair por aí acrescentando crédito nele – a menos que sua operadora de cartão não tenha pensado nisso -.

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Terminal de leitura de um sistema RFID para Arduino.

O chaveiro seguiu o mesmo padrão. É só colocá-lo próximo ao leitor, que rapidamente conseguimos ter acesso ao ID interno.

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Códigos de dispositivos apontados para o terminal são listados em janela do software de programação.

No entanto, na hora de testar isso com uma pulseira já utilizada no Rock in Rio, o sistema simplesmente não consegue identificá-la, o que, por conseguinte, inviabiliza acesso ao código interno, impedindo que hackers e pessoas má intencionadas consigam clonar a numeração da pulseira.

Tá, mas e aí!? Tem como explicar de uma forma mais simples?

Basicamente, ao substituir os ingressos impressos, as pulseiras RFID, que armazenam informações como CPF e a data do evento, podem, ao serem lidas no terminal RFID, liberarem seu acesso ao festival.

Como você vai utilizá-la uma única vez, ela já vem preparada para ser “gasta” como um bilhete único, só que mais complexo, como no Lolla, em que você pode carregar sua pulseira para comprar comida e bebida durante o evento.

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Foto: Pulseira do Rock in Rio passa em testes de segurança em nosso sistema RFID.

É exatamente por conta dessa segurança que o festival consegue inibir ações de criminosos que falsificavam ingressos e vendiam. É assim, também, que o evento consegue ter um controle mais elaborado sobre os usuários que estão no evento e agilizar a entrada, uma vez que basta encostar a pulseira no leitor para ter o acesso liberado.

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Se você quiser saber mais sobre como funciona a pulseira RFID, confira o artigo que fizemos em 2017. Lembrando que tanto o Lollapalooza bem como o Rock in Rio, podem utilizar meios e tecnologias diferentes em sua estrutura.

Urge, portanto, a necessidade de alertar que o conteúdo da matéria é somente didático em nível de conhecimento dos editores do TecStudio e não representa a realidade do festival, mas se assemelha à tecnologia utilizada.