Ciência Observatório Europeu do Sul divulga imagem de raro “cometa azul”

C/2016 R2: o “cometa azul”

O chamado “cometa azul” tem sua origem na Nuvem de Oort, que é uma região distante no nosso Sistema Solar que possui bilhões de objetos que formam uma esfera em torno do Sol. Os cientistas afirmam que este cometa tem uma órbita excêntrica, inclinada num ângulo de 58 graus. Este corpo celeste foi visto em 2018 por astrônomos franceses, em Paris. Agora, o Observatório Europeu do Sul também conseguiu observá-lo com mais detalhes e, assim, fazer fotos.

A cor azul observada na imagem é bastante reveladora. Essa é a cor do monóxido de carbono ionizado (CO+), substância que fluoresce no vácuo do espaço interplanetário ao ser atingida pelos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Os investigadores do ESO explicam que:

“Os cometas são bolas de poeira, gelo, gases e rocha. Quando passam perto do Sol, o gelo aquece e transforma-se em gás”.

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Imagem/Apollo 11: O cometa tem essa coloração por causa do monóxido de carbono em reação com outros elementos presentes no interior do cometa

O “cometa azul” circula em torno do Sol uma vez a cada 20 mil anos, o que o torna raro. além disso, ele faz parte de uma família de cometas que podemos observar uma vez ao mês, como pontuam os cientistas.

A origem do cometa azul

Sobre isso, há duas teorias: a primeira diz que ele pode ser de um grupo de cometas da linha de nitrogênio que se condensa em materiais sólidos, como grãos. A segunda diz que ele pode ser um fragmento que, por algum motivo, foi desviado por um objeto maior em órbita após o planeta Netuno.

O site Apollo 11, numa publicação do ano passado, afirmou que o mais próximo que este cometa esteve do planeta Terra foi em 2017, no dia 23 de dezembro, quando passou a 307 milhões de quilômetros do nosso planeta.