Arthur Friedenreich, celebrado por um Google Doodle hoje, nasceu em São Paulo, no dia 18 de julho de 1892, filho de um imigrante alemão e uma lavadeira negra, filha de ex-escravos.
Ele foi o primeiro jogador de futebol profissional de origem afro-brasileira, em uma época em que o esporte era dominado pelos brancos. Ele enfrentou muitas barreiras por causa do racismo, e não podia frequentar os mesmos lugares onde os jogadores brancos estavam, como piscinas, quadras de tênis e festas.
Friedenreich começou sua carreira influenciado pelo pai, jogando pelo SC Germânia, um time de futebol brasileiro composto por imigrantes alemães. Ele se destacou por sua velocidade, força e habilidade técnica com a bola.
Ele também foi um dos pioneiros do “jogo bonito” ou “the beautiful game”, um estilo frequentemente associado ao futebol brasileiro, que envolvia jogar muito rápido com passes curtos e combinações rápidas.
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Friedenreich jogou por vários clubes paulistas, como Ypiranga, Mackenzie College, Paysandu, Paulistano, Internacional-SP, Atlético Santista e São Paulo. Ele foi nove vezes artilheiro do campeonato paulista, marca que só foi quebrada quase três décadas depois por Pelé. Ele também participou da excursão do Paulistano pela Europa em 1925, onde disputou dez jogos e voltou invicto.
Friedenreich também defendeu a seleção brasileira em 23 partidas, marcando 10 gols. Ele foi campeão sul-americano (atual Copa América) em 1919 e 1922, sendo artilheiro da competição em 1919 junto com Neco. Ele também foi vice-campeão em 1921 e 1925. Ele ficou conhecido como “El Tigre” ou “Fried”, e foi considerado a primeira grande estrela do futebol brasileiro na época amadora, que durou até 1933.
Friedenreich encerrou sua carreira em 1935, no Flamengo, seu clube de coração. Ele morreu em São Paulo, no dia 6 de setembro de 1969, aos 77 anos. Em 1999, ele foi eleito o quinto maior jogador brasileiro de todos os tempos pela IFFHS.
