Fake News
O rosto da Pabllo Vittar não vai substituir as notas de 50 reais. No entanto, muita gente acreditou nisso.

Fake News é, provavelmente, um dos assuntos mais falados da atualidade, devido ao grande impacto que as notícias falsas criam no sociedade.

As Fake News são notícias falsas que se espalham rapidamente de forma viral nas redes sociais. Tendo como foco principal o Facebook, Whatsapp e o Twitter, as fake news se espalham através de bots e pessoas que caem nas informações falsas e que não procuram fontes de pesquisa confiáveis, causando um efeito esmagador na sociedade, criando dos mais diversos conflitos e prejudicando a imagem de pessoas públicas e até pessoais.

No Facebook, a propagação de Notícias falsas atingiu o ápice, causando escândalos e perpetuando ódio, intolerância e julgamentos a grupos, minorias e principalmente à política.

Fake News no Brasil

Todas as vezes que uma Fake News se espalha e consegue atingir um número grande de compartilhamentos, isso gera muito impacto. Nós até consideramos uma “tragédia” quando a notícia se espalha e garante muito “Share“.

Uma das artistas em alta no país, atendendo pelo nome artístico de Pabllo Vittar – é um cantor, compositor e drag queen brasileiro, e é também umas das personalidades que mais sofreu com a propagação de Fake News em seu nome.

Para se ter uma ideia, já rolou notícia falsa de que a Pabllo faria um programa infantil, com temáticas sexuais na Rede Globo. Além disso, já “noticiaram” que Pabllo também apresentaria uma suposta nova edição da TV Globinho – programa extinto pela emissora.

Pois é, acontece que todas essas “notícias” caíram e muito no “gosto” popular e muita gente acreditou no que estava escrito.

A situação não parou por aí; Pouco tempo depois, outra fake news envolvendo a Pabllo Vittar começou a propagar nas redes sociais. Pode parecer muita idiotice, mas muita gente acreditou que a Casa da Moeda do Brasil começaria a imprimir as novas notas de 50 reais, substituindo o popular rosto da Marianne pelo rosto da artista e drag queen;

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O rosto da Pabllo Vittar não vai substituir as notas de 50 reais. No entanto, muita gente acreditou nisso. Reprodução: Facebook

Como no Brasil tudo vira meme, uma página brincou com as situações e fragilidades da população em aceitar rapidamente textos em caixa alta e informações falsas, sem distinguir o verdadeiro dentro possível.

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Grande parte das notícias falsas espalhadas nas redes sociais incluem texto em Caixa alta e indignação contra a Rede Globo. Na imagem acima, uma página do facebook tira sarro com o tipo de publicação espalhada por pessoas que caem nas fake news. Imagem: Reprodução/Facebook.

A página Planos da Pabllo Vittar para dominar o mundo já alcançou cerca de 50 mil curtidas e brinca com a forma na qual as pessoas desenvolvem uma Fake News da Pabllo Vittar.

Fake News na política

O maior problema das Fake News é sua propagação com teor político, principalmente em ano de eleição.

As autoridades Americanas indicam forte influência da Rússia nas últimas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Parte dessa influência, foi provocada por robôs e notícias falsas que atingiram todos os candidatos e supostamente deram margem para a vitória de Donald Trump.

Um dos casos mais recentes de fake news na política Brasileira foi o caso da Senadora e Presidente do PT, Gleice Hoffman. Gleice deu entrevista à Al Jazira, a maior emissora de televisão jornalística do Catar e a mais importante rede de televisão do mundo árabe.

Com a entrevista, muitas pessoas começaram a espalhar a notícia falsa de que a Al Jazira é um canal ligado ao Estado Islâmico, e até financiado pelo grupo terrorista. Devido a isso, surgiram outras notícias falsas de que o ex-presidente Lula havia oferecido R$ 25 milhões para que o Estado Islâmico soltasse Lula da prisão, na sede da Polícia Federal em Curitiba.

O caso foi parar na Procuradoria Geral da República, em denúncia feita por um deputado. A PGR negou a denúncia e titulou como um caso de Xenofobia, uma vez que as pessoas intitularam um canal de TV como terrorista somente e exclusivamente por sua sede no ocidente e sua linguagem.

Depois do escândalo da Cambridge Analítica, o Facebook prometeu uma política de combate às Fake News antes das eleições no Brasil, para evitar um grande impacto que pode durar 4 anos, caso um(a) presidente(a) seja eleito(a) por influência de informações falsas.

Outro caso político e social, foi a morte da Vereadora Marielle Franco, socióloga, feminista e militante dos direitos humanos, e de seu motorista, Anderson Gomes. Marielle e Anderson foram mortos a tiros no centro do Rio de Janeiro, crime que ainda é investigado sob sigilo, e ainda sem informações públicas sobre suspeitos.

Depois da morte de Marielle e Anderson, começaram diversas dúvidas em relação ao crime. Marielle havia denunciado polícias de um batalhão no Rio de Janeiro, o que gerou o questionamento sobre vingança.

Muitas pessoas não aceitaram o fato dela ter sido supostamente morta por policiais e ser ativista política e dos Direitos Humanos. Começou então a propagação da notícia de que Marielle “defende bandido” e que era casada com um traficante do Rio de Janeiro.

O caso foi tão sério que uma desembargadora caiu da notícia falsa, além de um Deputado Federal. O deputado até se retratou, mas foi denunciado. A desembargadora vai sofrer processo devido à atitude bastante irresponsável, vindo de uma desembargadora, que independente de estar nas dependências jurídicas ou não, precisa demonstrar exemplo e bom senso.

Como combater e não cair nas Fake News?

O combate às Fake News deve ser feito pelas gigantes da tecnologia, como o Facebook, Google e Twitter. O estado também deve intermediar tais manifestações de notícias falsas Para tal, é necessário criar políticas que devem punir e multar quem cria e até propaga tais informações.

Além disso, sistemas automáticos deve ficar cada vez mais inteligentes para combater esse mal automaticamente.

No entanto, não adianta somente o Estado e as empresas criarem práticas para o combate as notícias falsas. Quem é vítima também precisa saber disso. Por isso, preparamos algumas lições para que você possa contribuir na disseminação de notícias falsas;

  1. Se você ver algum amigo, colega e/ou familiar compartilhando notícias falsas, deixe seu ego de lado e comece a praticar o bom senso também. Ninguém vai acreditar que uma notícia é verdadeira ou falsa recebendo xingamentos e ofensas. É necessário chegar para o amiguinho e dizer “Você está errado, amigo. Isso é notícia falsa!”. Isso soa muito melhor do que uma ofensa, que só vai estender uma discussão e transformar uma mente ignorante;
  2. Ao ler uma notícia, busque sempre a fonte e nunca compartilhe antes de ter certeza sobre a veracidade das informações. Uma boa ferramenta para tal, é pesquisar no Google alguma palavra chave da notícia. Se for verdadeira, é bem provável que diversos outros sites também estejam compartilhando o mesmo título;
  3. G1, Terra, O Globo, UOL, Yahoo, The New York Times, BBC Brasil, BBC News, Reuters e diversos outros jornais no Brasil e no mundo nunca transmitem notícias falsas. São jornais extremamente conceituados e com jornalistas formados, que buscam sempre a informação verdadeira e redigem o que foi estudado.
  4. Fique atento na gramática dos textos; fake news tem perna curta! Erros de português são comuns em artigos na internet. A gente sempre deixa algum errinho para trás, não é verdade!? No entanto, isso pode ser muito recorrente nas notícias falsas.

Se você tem outra dica para o combate das fake news, comente abaixo! Dúvidas e sugestões para o artigo também são bem-vindas. Ah! Para os estudantes, uma grande dica!

As Fake News podem ser tema da redação dissertativa-argumentativa do Enem neste ou nos próximos anos. Portanto, estude bastante e fique bem antenado sobre o que acontece no mundo das notícias falsas, só não caia nelas, ok!?