Mineração de dados

ChatGPT já virou tema de reportagem e de debate político. Esse introdutório já diz tudo: é uma ferramenta polêmica e que veio para fazer alguma diferença, seja ela positiva ou negativa. É uma contrastante inteligência artificial que merece uma análise profunda e justa.

Ela é parte de um conjunto de novidades que a computação está trazendo para uma nova geração, quando a aposta caminhava forte para um falho multiverso com artes digitais pouco atrativas para o público e que valem ouro; um ouro hoje quebrado e desinteressante.

NFT’s prometiam mudar a forma de consumo, enquanto o multiverso propôs um modelo de vida virtual onde se poderia construir relações, construções, empregabilidade e entretenimento. Tudo isso, ao que indica, falhou. NFT’s perderam tudo (leia-se como meme). Multiverso nem se fala tanto.

A população em geral ainda sofre com acesso à internet e saneamento básico. Era impensado que essas pessoas iriam passar horas vendendo tickets não fundíveis (os NFT’s) ou indo trabalhar para uma reunião marcada às 10h em uma mesa, cadeira e escritório virtuais, representados por um avatar 3D.

Para chamar atenção, precisava-se de algo mais interessante e aplicável. É por isso que o ChatGPT anda tão utilizado e falado. Ele não comercializa artes que só podem ser vistas por meio de pixels e que custam décadas de salário mínimo.

Tão pouco se permite ser utilizado apenas por computadores com maior poder de processamento. Ele é uma ferramente simples, com um mundo inteiro nas mãos, ao passo de uma frase e um envio – e ele, como um chat, também não precisa de “visto por último”.

Como funciona o ChatGPT?

O GPT (Generative Pre-trained Transformer) é um modelo de linguagem natural de última geração que permite que as máquinas entendam a linguagem humana e produzam respostas coerentes e precisas para uma variedade de perguntas e tarefas. O GPT-4 é a versão mais recente deste modelo e é considerado um dos sistemas de inteligência artificial mais avançados do mundo.

Aqui estão alguns pontos importantes para se levar em consideração ao utilizar o chat GPT:

  1. Treinamento: O GPT-4 é um modelo de linguagem pré-treinado, o que significa que ele já foi exposto a uma grande quantidade de dados linguísticos antes de ser usado para responder a perguntas ou realizar tarefas. No entanto, é importante lembrar que ele ainda pode precisar de ajustes finos para se adequar ao seu caso de uso específico.
  2. Qualidade dos dados: A qualidade dos dados que são utilizados para treinar o modelo tem um grande impacto na precisão das respostas geradas pelo GPT-4. É importante garantir que os dados sejam relevantes, precisos e atualizados para obter os melhores resultados possíveis.
  3. Contexto: O GPT-4 é altamente sensível ao contexto e à intenção do usuário. Por isso, é importante fornecer informações suficientes e detalhadas para que o modelo possa entender a pergunta ou a tarefa. Isso pode incluir informações sobre o histórico da conversa, o perfil do usuário e outras informações relevantes.
  4. Limitações: Apesar de sua capacidade avançada de processamento de linguagem natural, o GPT-4 ainda tem algumas limitações. Ele pode ter dificuldade em entender nuances, sarcasmo e ironia, e pode produzir respostas incorretas ou imprecisas em algumas situações. É importante estar ciente dessas limitações ao utilizar o modelo para garantir resultados precisos e confiáveis.
  5. Ajustes finos: O GPT-4 pode ser ajustado para se adequar a casos de uso específicos, como chatbots e assistentes virtuais. Isso pode envolver a criação de conjuntos de dados personalizados, a seleção de hiperparâmetros adequados e o treinamento do modelo com dados relevantes. A ajuste fino pode melhorar significativamente a precisão e a eficácia do modelo em casos de uso específicos.

Tentando simplificar as coisas; o ChatGPT é uma inteligência artificial que faz um mapeio de informações sobre tudo, utilizando a estrutura da internet, e guarda a referência dessas informações em algum banco de dados. Quando você conversa com o chat, ele te responde sobre o pesquisado.

A resposta é rápida, informativa e inteligente, principalmente pelo fato de que o chat é responsivo ao passo que, se ele errou e você pedir uma correção, ele demonstra ter memória sobre o conversado.

Ah, mas você pode pensar; “Prazer, Google!?”. Não! O ChatGPT se baseia em dados coletados e não em pesquisa. Ou seja, se você questionar o chatGPT hoje sobre quem é o presidente do Brasil, a resposta está incorreta. Se tratando de ChatGPT 3.0, a última coleta de dados foi feita em 2021. O Brasil elegeu um novo presidente da república em 2022.

Entretanto, se pesquisarmos no Google quem é o presidente do Brasil, a resposta já está atualizada desde o 1 de Janeiro de 2023. Estamos tratando de um ponto negativo do ChatGPT? Talvez. Se você pensa em utilizá-lo para pesquisar o que aconteceu no mundo hoje, você pode estar no lugar errado.

A interpretação de que é certo utilizar o chatGPT ou não, vai da aplicabilidade. A ferramenta vem sofrendo uma enxurrada de críticas por fundamentar pesquisas escolares, trabalhos acadêmicos e profissionais.

É melhor saber como e quando utilizar do que proibir

As críticas sobre o uso do ChatGPT pautam um debate sobre sua proibição e limitações. É óbvio que tem muita gente utilizando para que o chat faça trabalhos escolares. O texto sai bem feito, nos padrões exigidos. É uma obra prima para quem quer trapacear.

Entretanto, é também uma excelente ferramenta para quem precisa otimizar tempo e maximizar ganhos. Por exemplo; é inteligente ler as informações retornadas pelo chatGPT, conferi-lás e adquirir conhecimento quando constatado que são 100% verídicas – e melhor do que isso, quando você pode por si próprio corrigir o que precisa. É uma dualidade.

O ChatGPT erra diversas vezes. E você não aprende nada confiando 100% nele. É por isso que em um contexto acadêmico, deve-se prezar pelo bom senso e utilizar o recurso para otimizar tempo, mas não para creditá-lo totalmente.

Inteligência artificial e futuro

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O alarmismo sobre a tecnologia GPT

Existe um grande sensacionalismo que permeia as tecnologias de GPT que surgiram nesta década e acabam causando medo nas pessoas. Se pegarmos como exemplo o ChatGPT, a IA tem seu conjunto de dados baseados em strings convencionais – ou seja – é uma Inteligência Artificial que foi treinada por meio de textos – e com isso, ao analisar padrões, consegue também calcular, dar dicas e entender contextos.

Não há nada que essa IA faça que não esteja fora de um grande e amplo banco de dados onde ocorre seu treinamento. O fato é que a ferramenta se torna útil para diversas ocasiões que antes só poderiam ser feitas manualmente. Mas isso não a torna um perigo, mas sim um complemento.

É por isso que é muito importante reforçar; a tecnologia GPT não está aí para ser proibida. Ela deve ser utilizada nos mais variados campos. E tomara que ela consiga se desenvolver para sub-áreas, como Engenharia e Medicina, para que ela se torna cada vez mais específica e inteligente, capaz de pensar problemas de forma otimizada e que ajude na construção de soluções.