iPhone 11

O lançamento dos novos iPhones foi muito comentado durante a semana e chegou a produzir muitos memes na internet, devido ao conjunto de lentes que foi comparado com fogão e até máquina de barbear. Em meio aos memes, opiniões e críticas também são encontradas pelos canais e redes sociais e muitas delas revelam uma timidez jamais vista na Apple para inovação tecnológica em seus smartphones.

A maçã parece ter se perdido em um tempo onde dominava o cenário por apresentar uma solução mais fluída, rápida e premium. No entanto, os smartphones Android, sobretudo de marcas como a Samsung, Huawei e a Xiaomi inovaram muito nos últimos anos, causando uma necessidade de inovação constante, principalmente para a disputa acirrada de mercado.

Mercado é, inclusive, algo que a Apple entende muito bem, mas as suas vendas vem caindo gradativamente, lançamento após lançamento, e provavelmente isso tem relação direta com o fato de que a Apple deixou seu espírito de pioneira na construção de smartphones modernos de lado.

Podemos relacionar para as mudanças entre o iPhone 6 e o iPhone 11 Pro. Naquela época, a Apple chamou atenção por uma revolução no design do aparelho e um novo conjunto de câmera. Logo em seguida, praticamente repetiu o iPhone 6 na versão posterior, aumentando o tamanho e atualizando seu hardware e suas lentes. A companhia novamente adotou a mesma estratégia para o iPhone 8, mas criou variações que surpreenderam o mercado, juntamente com a revolução do notch. No entanto, nada disso foi muito agradável ao consumidor, que espera cada vez mais da Apple.

Nesse mesmo tempo, por exemplo, a Samsung lançava o Galaxy S7 e muita coisa mudou entre o S7 e os novos aparelhos de 2019, os Galaxy S10, S10e, S10+ e Note 10/10 Plus. Grandes inovações vieram na tela, nas câmeras, nos sensores, sobretudo de impressão digital e também na construção dos aparelhos. Na Apple, isso até aconteceu, mas de forma lenta e gradual. Até pouco tempo, por exemplo, os smartphones da Apple não contavam com proteção IP68, algo que já existia nos smartphones da Samsung, sendo o primeiro deles o Galaxy S5.

Para o lançamento do iPhone 11, os holofotes miravam a Apple a espera de uma grande evolução em sua linha de smartphones, se comparado com os anteriores, mas pouca coisa mudou. De praxe, a versão do processador e o hardware, algo que comumente está presente nas inovações da Apple. No entanto, faltou algo novo na tela, uma construção mais elegante de lentes e um pouco mais de exclusividade criativa, algo que é fundamental no mercado para atrair clientes.

De todos os rumores sobre os novos iPhones, até mesmo a construção do aparelho foi confirmada de acordo com imagens que já haviam saído nos veículos de imprensa há alguns meses. Além da frustração com o lançamento de recursos que já são bastante conhecidos no mercado e tratados como “novidade” pela Apple, ainda há aquela decepção em saber que os aparelhos chegaram exatamente como se esperava.

Nessa perspectiva e em uma crítica necessária, entendemos que a Apple precisa inovar. Grande parte dos clientes trocam seus smartphones por que querem inovações, assim como acontece com a Samsung e demais marcas. Com a Apple, os clientes são ainda mais fiéis escolhendo sempre versões posteriores de novos iPhones. Caso a companhia não comece a enxergar inovações exclusivas e fugir um pouco das normativas do mercado, a tendência é que os iPhones comecem a durar mais tempo em prateleiras.